ROTEIRO CASA DA AVÓ ROSA
SÃO JOÃO DA RIBEIRA
Aldeia poema
Habitada por mouros e romanos, este pequena aldeia ribatejana tem conquistado ao
longo dos séculos um lugar de destaque na região, assumindo ainda hoje um peso
importante na economia local com a produção de tomate.
Teve como designação anterior São João Baptista da Ribeira e, em 1847, sede do
concelho de Rio Maior. A Torre Mourisca, datada de 1111, constituiu uma vigia de
reconhecimento para impedir o avanço das tropas de D. Afonso Henriques. Foi um
importante acampamento mourisco, considerado como o mais populoso da antiga
província de Belatha (Batalha).
Por volta dos anos 50, era conhecida como a Sintra do Ribatejo, numa clara alusão aos
campos verdejantes, caminhos ladeados de frondosos arvoredos e as suas casas
apalaçadas, pertencentes a famílias abastadas.
No século XVIII, José Seabra da Silva, ministro e ajudante do Marquês de Pombal é
desterrado para a sua Quinta do Seabra, às portas da aldeia, e, mais tarde, nasce aqui
uma das figuras de maior relevo da literatura contemporânea, o poeta Ruy Belo. Em 2011,
contava com 892 habitantes e uma densidade populacional de 44,2 habitantes por
quilómetro quadrado.
A não perder:
1. Torre mourisca
Datada de 1111, mantém-se preservada e localizada à entrada do cemitério da freguesia.
Conta a lenda que daqui segue um túnel construído pelos mouros até ao Cabeço de São
Gens e, no final, encontra-se um pote com ouro e outro com peste.
2. Igreja matriz
Alvo de inúmeras alterações ao longo dos séculos, foi edificada sobre uma antiga
mesquita. Na fachada, conserva um relógio de sol de 1868.
3. Pelourinho
Situado no terreiro da igreja matriz, conta a lenda popular que foi colocado em cima de
uma sepultura.
4. Castro do monte de São Gens
Era o local de eleição para a população se refugiar. Hoje está equipado com mesas e
bancos para piquenique, excelente para desfrutar de uma vista deslumbrante sobre os
campos e a serra.
5. Galeria O lugar das artes
Uma galeria privada com pinturas do artista plástico Firmino Rodrigues.
RIO MAIOR
Salinas
Somente a 15 quilómetros de distância encontramos as salinas de Rio Maior, as únicas
interiores em Portugal e a funcionar em toda a Europa. Com o mar a cerca de 30
quilómetros, os salineiros conseguem extrair o sal através de um poço, cuja água é sete
vezes mais salgada do que a do mar, graças à passagem da água por uma jazida de sal-
gema. Encaixam-se num vale no sopé da Serra dos Candeeiros e, apesar de se presumir
que já estavam em atividade desde a pré-história, a primeira referência à sua existência
data de 1177. O pico da produção ocorre durante o verão e, no inverno, é possível visitar
os presépios de sal, únicos no país.
A não perder:
1. Casas típicas de madeira de venda de artesanato
2. Pirâmides de sal no verão
3. Presépios de sal no inverno
Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros
Trinta e cinco mil hectares que atravessam os concelhos de Rio Maior, Alcobaça, Porto de
Mós, Alcanena, Santarém, Torres Novas e Ourém. As serras constituem o maior
repositório de formações calcárias de todo o país, apresentando uma extensa rede de
cursos de água subterrâneos, fauna e flora (mais de 600 espécies) únicas e uma
morfologia cársica. Tem 130 grutas identificadas e, na serra de Aire, é possível encontrar
o monumento natural das pegadas de dinossauros com 20 trilhos dos maiores, mais
antigos e mais nítidos de saurópodes que se conhecem e com uma idade aproximada de
175 milhões de anos.
A não perder:
1. Trilhos e descida às grutas
2. Monumento natural das pegadas de dinossauros
3. Cascata da Fórnea
ÓBIDOS
A vila medieval, famosa pelo seu castelo e muralhas que abraçam as pitorescas casas e
calçadas, faz parte do roteiro turístico nacional. Destaque para os pórticos manuelinos,
janelas floridas, igrejas e, claro, a famosa ginja. Ao longo do ano, diversos festivais
culturais e gastronómicos como o Festival do Chocolate, o Folio Festival ou as
Temporadas de Música Barroca, enchem as ruas estreitas da vila.
A não perder:
1. Passeio a pé pelas ruas e muralhas
2. Provar a ginja de Óbidos
3. Livraria Ler Devagar
CALDAS DA RAINHA
Da pequena povoação de 30 moradores fundada pela Rainha D. Leonor, depois de ali se
ter curado ao banhar-se nas águas de odor intenso que estiveram na origem ao Hospital
Termal, nasceu aquela que é uma das mais dinâmicas e bem preservadas cidades do
Oeste. O povoado deu lugar a vila, e a vila a cidade. Todas as manhãs, a Praça da Fruta
oferece frutas e legumes trazidos por pequenos produtores da região. Ao lado, o frondoso
jardim do Parque D. Carlos I, convida a um passeio. As criações de Rafael Bordalo
Pinheiro e os trabalhos de José Malhoa transformaram a cidade num dos polos artísticos
mais importantes do país, em particular da cerâmica.
A não perder:
1. Praça da fruta, todo o ano
2. Parque D. Carlos I
3. Loja da Fábrica Bordallo Pinheiro
RESERVA NATURAL DAS BERLENGAS
Classificada pela UNESCO como Reserva Mundial da Biosfera, a Reserva Natural do
arquipélago das Berlengas foi a primeira área protegida do país, depois do rei Afonso V
ter proibido a prática de caça na Berlenga Grande, a ilha principal e que pode ser visitada.
A ilha é apenas habitada pelos faroleiros e vigilantes do ICNB entre dezembro e março,
nos restantes meses pode ser visitada pelo público embora com acesso condicionado.
A não perder:
1. Forte de São João Baptista
2. Praia da Berlenga Grande
3. Snorkeling
NASCENTE OLHOS D’ÁGUA
Numa discreta curva da estrada que liga Amiais de Baixo a Alcanena, encontramos
disfarçada pela vegetação a nascente do rio Alviela, que ao longo de cem anos abasteceu
grande parte da cidade de Lisboa. As águas são límpidas, ainda que frias, e nos últimos
anos o espaço envolvente tem estado tratado, com zonas para piqueniques, acesso a
uma pequena praia fluvial de Bandeira Azul e, mesmo ao lado, o Centro de Ciência Viva
do Alviela, o Carsocópio, onde percorremos num simulador todo o Parque Natural das
Serras de Aire e Candeeiros e conhecemos de perto o mundo dos morcegos e a enorme
colónia que ali vive próximo.
A não perder:
1. Percurso interpretativo dos Olhos d’Água
2. Praia fluvial
3. Carsoscópio
SANTARÉM
A capital do gótico está intimamente ligada ao rio Tejo, oferecendo algumas das
paisagens mais deslumbrantes da lezíria ribatejana. O núcleo histórico convida a passeios
a pé, entre palacetes, igrejas e conventos únicos no país. Foi importante cidade romana,
sede de um pequeno emirado mouro e conquistada por D.Afonso Henriques em 1147. Na
igreja da Nossa Senhora da Graça encontram-se os restos mortais de Pedro Álvares
Cabral, o descobridor do Brasil. Na madrugada de 25 de abril de 1974, o capitão
Salgueiro Maia lidera a coluna militar que marchou em direção a Lisboa para derrubar a
ditadura.
A não perder:
1. Miradouro das Portas do Sol
2. Igrejas e conventos
3. Complexo aquático com piscina de ondas
FÁTIMA
A cidade ocupa o lugar de um dos mais importantes destinos de turismo religioso a nível
mundial. O Santuário de Nossa Senhora de Fátima situado na Cova da Iria, está a cerca
de 60 quilómetros da nossa propriedade, colocando-nos numa posição privilegiada para
os peregrinos repousarem.
A não perder:
1. Santuário de Nossa Senhora de Fátima
3. Caminhos rurais de Fátima
3. Caminho de Santiago